Na Praça do Coqueiro, por exemplo, um caminhão fica durante todo o dia expondo e vendendo produtos de estofados e tapetes enquanto que lojas de móveis tradicionais na cidade estão fechando as portas provocando perda de capital e desemprego.
A situação do comércio local não é das melhores. A cidade sente em cheio os efeitos da crise econômica que atinge todo o Brasil. Para driblar a crise os lojistas estão investindo em persistência e criatividade, mas existe uma unanimidade entre os empresários em afirmar que o momento não é fácil. Como se não bastasse os percalços da crise, os comerciantes reclamam que ainda sim são obrigados a competirem com uma concorrência a que eles consideram extremamente desleal. Os mesmos estão se referindo ao comércio de ambulantes que circulam livremente pelas ruas da cidade.
Na Praça do Coqueiro, por exemplo, um caminhão fica durante todo o dia expondo e vendendo produtos de estofados e tapetes enquanto que lojas de móveis tradicionais na cidade estão fechando as portas provocando perda de capital e desemprego. A denúncia é feita pelo presidente do CDL Antonio Marcos (Marquinhos) que alerta sobre o fato de quase 100% dos comerciantes ambulantes não serem de Bocaiúva e alem de atrapalharem o comércio local ainda tiram de circulação o dinheiro que deveria ficar na cidade. O presidente do CDL disse que o órgão já enviou várias notificações a Prefeitura Municipal pedindo providencias, mas nenhuma ação concreta foi realizada por parte do executivo.
Os comerciantes não estão nada satisfeitos com a tolerância que os fiscais da prefeitura estão tendo com tais situações. Recentemente um evento de venda de roupas intitulado “Feira do Braz” foi instalado em Bocaiúva mesmo após um acordo firmado entre CDL e Prefeitura de que a autorização a feira não seria dada. A época houve a suspeita de que fiscais da prefeitura teriam sido coniventes com a instalação da feira. Uma gravação de áudio de um dos feirantes relatava valores pagos para a liberação da autorização de venda.
O presidente do CDL não entende o por que do município fazer vistas grossas diante de uma situação que prejudica comerciantes, provoca desemprego e desestimula a economia local.
“O comércio local é o maior gerador de emprego e renda em nossa cidade e estamos constantemente sendo afrontados por comerciantes ambulantes que saem de outras cidades buscando lucro em Bocaiúva. O comércio local gera emprego e renda para cidade, todo dinheiro arrecadado fica aqui no município, pagamos altos impostos, aluguéis caros e estamos perdendo espaço para ambulantes que circulam livremente pelas ruas da cidade sem pagar impostos, sem proporcionar empregos, sem pagar aluguel, levando a renda do município para outro lugar e ninguém faz absolutamente nada” disse Antonio Marcos Presidente do CDL.
O mais interessante é que enquanto ambulantes de fora da cidade fazem seus comércio livremente, a associação dos barraqueiros formadas somente por pessoas naturais de Bocaiúva enfrentam uma burocracia imensa com altas tachas para montarem suas barracas nas festas promovidas na cidade como Carnaval, Festa do Senhor do Bom Fim e Festa do Milho.