A suposta participação do padrasto no crime chocou familiares, amigos e colegas de trabalho.
A morte da pequena Gênova de apenas 07 anos na noite de Terça Feira (25/10) ainda provoca muita comoção e revolta em toda cidade de Bocaiuva. A menina foi encontrada já sem vida pela equipe do Samur na casa onde morava com a mãe e o padrasto. No corpo da menina foram identificadas várias lesões como fratura em um dos braços e hematomas nas pernas, barriga e rosto. Para a Polícia Civil, que investiga o caso, não há dúvidas de que a criança foi vítima de agressão. Segundo o delegado Leonardo Diniz não resta dúvidas da participação da mãe e do padrasto no crime que culminou na morte da menina. Em meio a tanta crueldade, a população bocaiuvense mostra sua indignação pelas redes sociais e muitos pedem punição severa ao casal, supostamente responsável pela morte da criança.
O delegado Leonardo Diniz disse que, em depoimento, a mãe da criança tentou justificar a morte da menina alegando que a mesma tinha problemas mentais e que na noite do ocorrido, Geovana teria bebido água do vaso sanitário e reclamado dor de barriga o que teria feito com que a mãe lhe desse um remédio para dor. Ainda segundo relatos da mãe, ela pensava que a garota estava apenas dormindo e que só percebeu a gravidade da situação quando recebeu a visita em sua casa de alguns familiares aos quais detectaram o problema. Questionada sobre os hematomas e fraturas encontradas no corpo da criança, a mãe disse que a filha tinha o hábito de se auto flagelar (se machucava de propósito).
A versão da mãe não convenceu a polícia que decretou a prisão da mulher e do padrasto da criança em flagrante. Questionado sobre a participação do padrasto, o delegado Leonardo Diniz disse que ainda não está muito claro essa questão e que a polícia está colhendo mais informações a respeito, porém Leonardo Diniz afirma que no mínimo o padrasto foi cúmplice no crime uma vez que o mesmo sabia da agressão e da situação da enteada e mesmo assim não tomou nenhuma proveniência e ainda tentou encobrir o crime cometido pela esposa.
A suposta participação do padrasto no crime chocou familiares, amigos e colegas de trabalho de Alisson conhecido por “Nena”. Todos são unânimes em dizer que Alisson tinha um perfil tranquilo e carismático. Alisson está em seu segundo casamento e no primeiro relacionamento teve dois filhos. Os próprios familiares da ex-esposa de Alisson disseram a nossa reportagem que o mesmo nunca apresentou ser agressivo e que sempre foi extremamente carinhoso com os dois filhos. Dentre os funcionários da Rima Industrial, empresa onde Alisson trabalha, o sentimento entre os colegas é de tristeza pela morte da garota e decepção pelo suposto envolvimento do colega. Na empresa Alisson é tido como um profissional exemplar e era muito querido pelos colegas.
“Se confirmada a participação do Alisson neste crime, estávamos lidando com um sujeito de dupla personalidade. Um cara super legal na rua e no trabalho, mas um verdadeiro monstro dentro de sua casa. Tomara que tudo seja esclarecido e que se ele for culpado que pague pelo seu crime e arque com sua responsabilidade” Disse um dos colegas de trabalho de Alisson a nossa reportagem.
O conselho tutelar de Bocaiuva informou a polícia que o órgão já havia recebido denúncias contra a mãe da criança por maus tratos a filha, porém não houve tempo de agir, pois os conselheiros ainda estavam fechando o relatório sobre as denúncias aos quais foram feitas em Janeiro.