A POLÊMICA CONTINUA: Pastores Evangélicos desmentem Prefeito Ricardo Veloso.

Pastores disseram não entender as afirmações do prefeito as quais, segundo eles, não condizem com a verdade e, ainda por cima, joga a comunidade evangélica contra a direção do COPIEB.

“Quem responde pela Marcha são os evangélicos. Quanto ao apoio da prefeitura está de pé se eles quiserem. Sempre apoiamos. Reuni com Pastor Joquinha e o Pastor Carlos e os dois me informaram que não teria a marcha e sim um culto conjunto. Quanto ao culto, o nosso apoio também ficou acertado“

Essa foi a mensagem que o prefeito de Bocaiuva Ricardo Veloso enviou a reportagem do RSena recentemente esclarecendo alguns pontos referentes ao evento “Marcha para Jesus” organizado anualmente pelas igrejas evangélicas de Bocaiuva. A reportagem havia indagado ao prefeito quanto ao apoio financeiro a que o mesmo teria prometido e que, segundo os organizadores, não havia sido cumprido o que provocou o cancelamento da Marcha. Assim como descrito acima, Veloso surpreendeu ao afirmar que o apoio da prefeitura teria sido disponibilizado, porém os próprios organizadores decidiram não realizar a Marcha substituindo-a por um culto o qual envolveria todas as igrejas. O prefeito ainda ressaltou que, embora a decisão dos organizadores de cancelar a Marcha, a prefeitura também iria apoiar o culto.

Assim que as informações do prefeito foram veiculadas no RSena houve muitos evangélicos que se manifestaram criticando a postura dos organizadores em não dar sequência na realização de um evento já tradicional na cidade. Mas a nossa reportagem logo foi procurada pelos pastores Carlos e Joquinha. Os mesmos foram citados pelo prefeito como parte representante dos evangélicos na reunião onde o prefeito teria sido avisado da não realização da Marcha. Pastor Carlos e Pastor Joquinha desmentiram com veemência as informações do prefeito. Segundo eles, de fato, houve uma reunião do COPIEB (Conselho de Pastores e Igrejas Evangélicas de Bocaiuva) com o Prefeito Ricardo Veloso, mas que o mesmo em nenhum momento ofereceu apoio, pelo contrário, segundo Pastor Carlos, o prefeito abriu a reunião dizendo que a prefeitura não tinha dinheiro para patrocinar a Marcha e que o apoio prometido devia ser revisto tendo em vista as dificuldades financeiras do município.

Com a recusa do prefeito, os pastores alegaram que não lhes restaram outra alternativa, se não, cancelar a Marcha substituindo-a por um culto abrangente a todas as igrejas. Os pastores disseram que tentaram viabilizar com o prefeito o apoio para o culto no valor de 10% do que seria investido na Marcha (o equivalente a 2.500 reais), mas que o Prefeito teria tido que a prefeitura também não dispunha deste recurso no momento. Segundo os representantes do COPIEB nem mesmo o pedido para liberação do Centro Cultural para a realização do culto foi atendido e os mesmos estão tentando viabilizar um espaço.

Carlos e Joquinha disseram não entender as afirmações do prefeito as quais, segundo eles, não condizem com a verdade e ainda por cima joga a comunidade evangélica contra a direção do COPIEB.