TEMPO É DINHEIRO???: Em Bocaiuva, presidente da Câmara quer mais agilidade no atendimento dentro das agências bancárias.

Em época de pagamento dos aposentados, as portas das agências ficam quase que intransponíveis e o idoso, em alguns bancos, tem que aguardar em pé e do lado de fora da agência.

Todos os anos os bancos anunciam seus lucros líquidos que giram na casa dos bilhões. Embora o período de grave crise financeira que atravessa o país, os bancos tem se mostrado alheios a tais dificuldades e seus lucros são exorbitantes e fora da realidade. Por outro lado, como se não bastasse as altas taxas de juros, os clientes enfrentam o descaso e até mesmo o desrespeito nas milhares de agências bancárias espalhadas pelo país. Bocaiuva é um exemplo de cidade onde, dentro das agências bancárias, o cidadão sofre para realizar transações ou até mesmo para conseguir fazer operações simples ou obter uma simples informação. Dizem que tempo é dinheiro, mas por ironia do destino justamente as agências bancárias de Bocaiuva não se deram conta disso e o cliente, muitas das vezes, chegam a esperar por três horas para ser atendido. Em época de pagamento dos aposentados as portas das agências ficam quase que intransponíveis e o idoso, em alguns bancos, tem que aguardar em pé e do lado de fora da agência enfrentando sol ou chuva para conseguir adentrar o recinto para depois enfrentar outra fila onde só no final dela será atendido.

O bocaiuvense está cada vez mais dependente e refém dos bancos. Na cidade o dinheiro já não circula mais com a mesma intensidade, afinal o salário dos aposentados, pensionistas e funcionários de pequenas, medias e grandes empresas são depositados em conta e logo são descontados os empréstimos e os produtos bancários fazendo com que o dinheiro fique retido na instituição financeira ao invés de circular pelo comercio da cidade. Aliás, por falar em produtos bancários, muitos aposentados e pensionistas reclamam que estão pagando por estes serviços sem nem ao menos saber de suas finalidades numa ação criminosa em que o funcionário do banco obriga o cliente a aderir a produtos das agencias para realizar alguma transação como, por exemplo, empréstimos. Ou seja… O cidadão vai até o banco para resolver algum problema financeiro e sai das agencias ainda mais endividado. Tal pratica é chamada de “venda Casada” e vale lembrar que é crime.

A realidade das agências bancárias de Bocaiuva, além do abuso financeiro, é perceptível ao adentrar em qualquer instituição financeira da cidade. Todas super lotadas, espaços pequenos e inadequados, falta funcionários para atender a alta demanda e as informações são desencontradas. A Câmara Municipal de Bocaiuva parece estar preocupada com essa situação e em recente entrevista a emissora Rádio Clube o atual Presidente do Legislativo local se comprometeu a tentar solucionar em partes o problema. Adalberto Fernandes disse que os vereadores não podem resolver todos os problemas referentes ao bancos da cidade, mas que podem discutir e criar leis específicas no município a fim de obrigar as agencias a dar mais agilidade no atendimento e oferecer mais conforto aos clientes.

Adalberto acredita que as agências bancárias estão tratando o cidadão de forma desproporcional e que não é justo que um idoso ou uma gestante tenham que esperar por tanto tempo em longas e tumultuadas filas. Para o novo presidente da Câmara, os vereadores bocaiuvenses também não podem fazer vistas grossas diante da situação e como representantes do povo devem agir no sentido de garantir os direitos do cidadão e fazer com que as agencias cumpram com suas obrigações. Segundo Adalberto, assim que iniciarem as reuniões ordinárias da Câmara, o mesmo irá iniciar uma discussão na casa para definir qual será a postura do legislativo diante de um fato que vem sendo bastante criticado pelos populares. O primeiro passo seria um estudo a fim de verificar as leis a nível nacional e o segundo passo seria criar regulamentos específicos dentro da Lei Orgânica do Município para garantir um melhor e mais rápido atendimento dentro das agências.