Alguns cidadãos bocaiuvenses vêm se achando no direito de fazer o que bem entendem com o patrimônio público municipal. Por outro lado, os órgãos de fiscalização se acomodam nas famosas “vistas grossas”.
Por Ricardo Sena:
Amigos leitores… É impressionante como nossa querida Bocaiuva, a cada dia que passa, está se transformando em “terra de ninguém”. Recentemente falávamos aqui sobre as placas irregulares de Carga e descarga que foram instaladas nos passeios da cidade sem autorização da Câmara Municipal e constantemente sem os devidos parâmetros estabelecidos pelas leis de trânsito. Mas, não são somente essas placas que mostram a falta de organização e fiscalização em nossa cidade, por aqui, o cidadão vem se achando no direito de incomodar vizinhos, obstruir passeios e ruas e até mesmo deteriorar o patrimônio público municipal.
Tornou-se algo normal, por exemplo, limpar o quintal ou lote de casa e jogar o entulho na rua (Motoristas e pedestres que se virem). Em alguns pontos da Cidade, empresários quebraram parte dos canteiros centrais (patrimônio público), apenas para ficar mais fácil entrar com seus caminhões nos pátios de suas empresas. É coisa comum os caminhões e carretas com cargas inflamáveis estacionados por vários dias ao lado de residências, outros, circulando com cargas altas e perigosas no perímetro urbano em uma perigosa disputado por espaço com crianças e idosos. Na terra do “tudo pode”, não podemos deixar de observar a prática da famosa “marfia dos lotes”. Nenhum lote está a salvo dessa turma que atua em aplicar golpes detectando lotes nas regiões mais afastadas do Centro, para cercá-los e depois vendê-los de forma ilegal.
A falta de organização é tão grande que alguns cidadãos têm sido ruins até quando querem ser bons. As rampas nas calçadas para o acesso dos cadeirantes poderiam ser vistas como a ação de comerciantes preocupados com a acessibilidade, porém, segundo engenheiros urbanísticos, tais rampas mais atrapalham do que ajudam, pois não seguem os padrões técnicos de infraestrutura e com isso, em alguns locais, o cadeirante não sobe a rampa, mas sim a escala como se estivesse em uma prova de rapel. Sem contar que muitas rampas adentram quase toda a extensão da calçada e, portanto, não só garante-se uma falsa acessibilidade ao cadeirante, como também dificulta o trânsito do pedestre.
Por isso disse que: “Bocaiuva caminha para ser a terra do ‘tudo pode'”, onde todo mundo se sente no direito de fazer aquilo que quer e do jeito que quer, sem ser incomodado.
O interessante é que não faltam funcionários e órgãos de fiscalização que, em tese, seriam responsáveis para conter essa “baderna”. Dentre tantos destacam-se Vereadores, Prefeita, Vice-prefeito, Secretários, poder judiciário, enfim, todos recebendo altos salários para fiscalizar e impedir que nossa cidade seja devastada pela desordem. O ponto de interrogação é… Por que aqueles que recebem para fiscalizar, não fiscalizam???
Se os órgãos de fiscalização da Câmara Municipal, da Prefeitura Municipal e do judiciário não fizerem algo para conter as ações ilegais, logo deixaremos de ser a terra do Senhor do Bonfim para ser a terra onde sobrevive quem for mais esperto, e isso, definitivamente, não é nada bom. Aliás, é bom lembrar que a desordem, falta de fiscalização e planejamento urbanístico são ingredientes indispensáveis para a formação das favelas.
VEJAM NO VÍDEO DESTA SEMANA:
NO CANAL RSENA NO YOU TUBE, RICARDO SENA FALA SOBRE A DESORDEM E FALTA DE FISCALIZAÇÃO EM BOCAIUVA. VEJAM NO VÍDEO ABAIXO: