Com a justificativa de fazer economia, Prefeitura de Bocaiuva inicia processo de demissões no executivo local, porém, demitidos reclamam que nenhum cargo de confiança que detêm bons salários, foi dispensado:
A informação dada pelo RSENA na semana passada de que a administração municipal de Bocaiuva estaria se preparando para demitir cerca de 150 pessoas no executivo local, se confirmou no início desta semana. Dezenas de profissionais, principalmente da área da educação, tiveram seus contratos trabalhistas cancelados e não prestam mais serviços ao poder público municipal.
Na semana passada, a Prefeita Marisa Alves, em conversa com o RSENA, admitiu que uma reunião com sua equipe financeira seria realizada para discutir o assunto, porém, segundo ela, as demissões seriam inevitáveis devido a diminuição nos repasses de recursos por parte dos governos estadual e federal.
O que vem provocando revolta nos profissionais demitidos é que, segundo eles, mais uma vez sobrou para os profissionais assalariados “pagarem a conta” e que a dispensa ocorre em um péssimo momento onde o país está em crise e em Bocaiuva não se tem expectativa de mercado de trabalho.
A reportagem do RSENA conversou com uma das profissionais demitidas pela Prefeitura Municipal. Lucineia Siqueira Alves era monitora da educação infantil e trabalhava na escola municipal do Bairro Cachoeirinha. Segundo ela, a demissão dela de outra colega monitora, aconteceu por telefone e que todos estão desesperados sem saber como irão sobreviver a parir de agora:
“…fomos afastadas, segunda feira. A coordenadora nos ligou avisando que tínhamos sido mandadas embora, que receberíamos rescisão de contrato no próximo mês e assim que passasse essa crise voltaríamos a trabalhar normalmente, pois o repasse do Fundeb caiu e não poderíamos continuar”. Relatou Lucineia.
De fato, na conversa que o RSENA teve com a Prefeita na semana passada, a mesma havia revelado que as demissões fatalmente haveriam de recair sobre a área da educação, uma vez que o município teve perda de 60% nos repasses do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). No entanto, Lucineia disse a reportagem de que ela, juntamente com outros colegas demitidos, procuraram o Sindicato dos Servidores Municipais o qual, por sua vez, teria afirmado aos profissionais de que, ao contrário da justificativa da administração municipal, o último repasse do Fundeb foi maior do que nos meses anteriores:
“… procuramos a Carmem do Sindicato da Educação que nos mostrou o repasse do Fundeb. Foi maior do que os outros meses anteriores. Então foi feito injustiça com os monitores e alguns Serviçais dispensados. Queria que alguém nos ajudasse, pois nesse momento de pandemia iremos pagar nossas contas com o quê?”. Desabafou Lucineia.
Embora a administração municipal alegue que é preciso demitir para conseguir pagar a folha de pagamento, um levantamento feito pela reportagem do RSENA aponta que até aqui, nenhum funcionário que ocupe os chamados “cargos de confiança” e que ganham salários bem mais elevados do que os funcionários assalariados, foram dispensados pela atual administração.
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