Mesmo estando na linha de frente na batalha contra a Covid, profissionais da saúde de Bocaiuva têm sido hostilizados por internautas, pacientes e seus parentes:
“Gostaríamos apenas de ser vistos com um olhar mais carinhoso por parte da população”. Essa foi uma frase dita por uma das profissionais da saúde de Bocaiuva, durante reunião do Comitê local de Enfrentamento ao Covid-19. O desabafo foi da Médica Drª. Fernanda Teodoro que se disse incomodada com a falta de compreensão da sociedade para com os profissionais que, neste momento, estão arriscado a própria vida e expondo familiares para garantir a saúde de outros.
Fernanda disse que no seu caso, a medicina está além de ser uma profissão e que o seu envolvimento é tanto que ela vivencia o que faz. A mesma ainda relata que já algum tempo não consegue dar um abraço em seus pais, os quais, por serem idosos, estão na zona de risco para o coronavírus e que também não se sente a vontade em resolver assuntos particulares no comércio ou em locais públicos por estar sempre sendo apontada como alguém que trabalha no hospital e que pode estar contaminada.
Mas, segundo a Médica, isso é o de menos. O problema maior é a incompreensão de pacientes, parentes de pacientes e até mesmo de internautas nas redes sócias.
Ela afirma que não é raro os momentos em que os profissionais do Gil Alves são hostilizados por apenas cumprirem o protocolo no processo de detecção da Covid-19 em pacientes que dão entrada no hospital com suspeita da doença e que, embora exista por parte dos funcionários a boa vontade em explicar, por outro lado, existe a resistência em não aceitar e não entender:
“Quando acontece com um parente, a pessoa não acredita. O fato de darmos um diagnóstico é muito difícil e a gente sofre com isso. O paciente pode vir a óbito e não é fácil você virar para a família e dizer que seu familiar morreu. A gente sofre com isso e além disso, sofremos com a retaliação da população que a gente não tá entendendo o que está acontecendo. Nós não queremos dar diagnostico de Covid, a gente não gosta de dar esse diagnostico, mas somos obrigados a dar. Isso não foi nós que inventamos, isso é mundial. A gente não trabalha com medicina, a gente vive a medicina e estamos sofrendo retaliações a ponto do paciente chegar e nos chamar de mercenários. Isso dói!! O problema nosso não é só material, mas emocional também. Temos fé que a população um dia vai entender, mas queríamos muito receber um olhar mais carinhoso por parte da população”. Disse Fernanda Teodora em discurso emocionado durante reunião.
Outros profissionais que têm reclamado do tratamento recebido durante expediente de trabalho são os agentes sanitários que atuam nas barreiras. Os mesmos relatam que sofrem xingamento por parte dos motoristas e até já chegaram a serem ameaçados por autoridades policiais a paisana.
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