“CÂMARA NÃO PRETENDE SER OPOR”: Em Bocaiuva, Vereadores veem com desconfiança auxílio emergencial, mas prometem não se opor ao projeto.

Vereadores da oposição prometem não criar nenhuma resistência, mas acreditam que podem ser alvos de uma armadilha em decorrência do projeto do Executivo Municipal que cria o auxílio emergencial temporário aos funcionários da Prefeitura que atuam no combate ao Covid-19:

Os Vereadores da Câmara Municipal de Bocaiuva prometem não criar nenhum obstáculo ao projeto enviado ao Legislativo pelo Executivo Municipal pedindo autorização da Câmara para que a administração comece a partir do mês de setembro (2020), a pagar os funcionários que atuam no enfrentamento a Covid-19, auxílio emergencial temporário no valor de 250 Reais. O assunto foi discutido na sessão ordinária ocorrida na noite de ontem (Segunda Feira 10/08). A desconfiança dos Parlamentares é de que por trás da boa ação da administração municipal, exista uma armadilha para desprestigiar os Vereadores perante a opinião pública.

A oposição reclama da forma como o projeto foi apresentando, contendo, segundo Assessoria Jurídica da própria Câmara, algumas inconsistências técnicas que não foram corrigidas mesmo com o alerta do Advogado da Câmara. O bloco de oposição reclama que os parlamentares terão pouco tempo para analisar o documento e que só ficaram sabendo do conteúdo do projeto após uma reunião marcada as presas entre Executivo e Legislativo no mesmo dia que o projeto deu entrada na Casa.

Além disso, os vereadores veem com estranheza o fato da chefe do Executivo ter gravado um vídeo um dia antes de apresentar o projeto a Câmara, falando da urgência na aprovação do auxílio e pedindo para que os internautas acompanhassem a votação. O vídeo foi visto por muitos como uma forma de pressionar a Câmara perante a opinião popular. Alguns vereadores chegaram a dizer que a chefe do Executivo se expressou de forma a levar a população a entender que os Vereadores poderiam resistir a aprovar o texto.

Mesmo preocupados com a falta de tempo, possíveis inconsistências e inconstitucionalidade no projeto, os Vereadores não querem cair em possíveis “armadilhas”. Para evitar qualquer indisposição e desgaste com o funcionalismo público, prometem não criar obstáculos para aprovar o auxílio. Tanto é que o projeto já foi recebido e repassado para analise e parecer das comissões. Logo após, o texto segue para votação em dois turnos. Existe a possibilidade de que sejam marcadas reuniões extraordinárias para agilizar o andamento da votação.

Se aprovado o projeto de auxílio emergencial temporário, os funcionários que atuam diretamente no combate a Covid-19 começam a receber a partir do mês de setembro um acréscimo de 250 Reais em seus pagamentos durante cinco meses. O auxílio contemplará 686 servidores públicos, sendo 422 da Secretaria de Saúde; 80 da Assistência Social e 184 do Hospital Dr. Gil Alves. Entre as categorias a serem beneficiadas, estão enfermeiros, agentes de endemias, assistentes, psicólogos, motoristas da área de saúde e da assistência social.

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