“SOMOS VICIADOS EM AGLOMERAÇÕES”: Em Bocaiuva, primeiro final de semana após liberação de bares e restaurantes é marcado por aglomerações.

Bocaiuvenses vão a inaugurações de lojas como se as mesmas fossem fechar suas portas para sempre e se aglomeram em bares e restaurantes como se fossem viver o último dia de suas vidas:

Por Ricardo Sena/Para o RSENA:

Pois bem, pessoal!!! Olha… Fui um dos que mais pediu para que a administração municipal de Bocaiuva pudesse flexibilizar a abertura dos chamados estabelecimentos de comidas prontas, tira gostos e bebidas da nossa cidade. Embora, admito, seja eu um adepto do bom “boteco”, fiz este apelo, não pelos clientes, mas, única e exclusivamente pelos proprietários deste ramo comercial aos quais, mesmo sendo arrimos de família, já estavam a cerca de 06 meses sem poder abrir suas portas. Mas, honestamente??? Salve algumas exceções, me deu total desgosto ver as  aglomerações de pessoas em vários pontos da cidade no primeiro final de semana após decreto que permite a reabertura dos Bares, Restaurantes, Pizzarias e Lanchonetes de Bocaiuva.

Se me permitem o exagero!!! Na Praça dos Coqueiros, por exemplo, o visual era semelhante à praça da matriz em época de festa do Senhor do Bonfim.

É claro que é totalmente compreensível o cidadão que após 06 meses confinado dentro de casa, queira levar a família para passear. Isso não se discuti!!!  Eu também fiz o mesmo. Mas, o que não entendo é o fato das pessoas insistirem em frequentar um mesmo local e dividirem um mesmo espaço em meio a aglomerações e tumultos em uma época dessa.

Não dá para entender essa cultura do bocaiuvense em ser atraído pelas aglomerações, pelo tumulto, por estar onde todos estão. As coisas deveriam seguir um “cronograma” simples… Ou seja, se a agência bancária está cheia, volte depois; se a lanchonete tem muita gente, procure outra; se em determinado local já tem pessoas o suficiente, procure outro espaço mais tranquilo e com menos gente.

 Mas não… Aqui, todo mundo quer frequentar o mesmo lugar ao mesmo tempo como só existisse aquele local e como só existisse aquele único tempo. Como disse, eu também levei minha família para passear no último final de semana e tentei ir ao meu lugar predileto: “Justamente a Praça dos Coqueiros”. Porém, chegando lá, percebi que já tinha gente demais; e sabe o que eu fiz??? Simplesmente fui para outro lugar com poucas pessoas, tudo higienizado, mesas distantes umas das outras, cardápio descartável e o cumprimento de todas as regras estipuladas em decerto. Posso ter muitos defeitos, mas não sou louco em arriscar a vida dos meus familiares.

Diante do exposto, o que percebo é que, nós, bocaiuvenses, precisamos ter um melhor discernimento do atual momento que estamos vivenciando, afinal, embora a “boa vontade” do poder público municipal no que se refere as flexibilizações, a pandemia continua e mais do que o poder público ficar nos fiscalizando e nos apontando sobre o que devemos ou não fazer, somos nós os principais interessados em resguardar nossa integridade física e da nossa família.

Antes tínhamos a “#fique em casa”, mas, com a flexibilização, podemos mudar a orientação… “Fique em casa, se puder, mas, se não puder e tiver que sair de casa… se espalhe”.

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