Diretores do INCRA haviam se comprometido com populares a construir vertedouro e evitar extinção da Barragem da Caatinga no distrito de Engenheiro Dolabela neste mês de outubro, mas, segundo Presidente da Câmara Municipal de Bocaiuva, o órgão alegou falta de recursos e problemas com o período chuvoso para iniciar as obras:
Por Antônio Célio/Para o Site RSENA (Colaboração: Ricardo Sena): Obs.: O título da matéria, bem como a introdução da mesma e suas ilustrações são de autoria do Site RSENA. O texto abaixo, sim, é de autoria do jornalista Antônio Célio.
RSENA 14/10/21 às 21:48hs
As obras na represa da Caatinga, no Distrito bocaiuvense de Engenheiro Dolabela, devem demorar um pouco mais do que foi prometido em reunião com populares. Representantes regionais do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), responsável pela barragem, estiveram na comunidade recentemente justificando o esvaziamento da represa sob argumento de que, neste mês (outubro), seria feita obras de infraestrutura no local. No entanto, segundo apurou a reportagem, o INCRA já não trabalha com a possibilidade de realizar trabalhos na barragem neste mês com o argumento de que é preciso esperar passar o período chuvoso. A informação é do Presidente da Câmara Municipal de Bocaiuva, Vereador Odair José dos Santos (Odair Sorriso), que participou das reuniões nas quais a questão foi discutida.
Segundo “Sorriso”, o INCRA disse que não é possível realizar qualquer obra neste mês (outubro), pois os serviços são mais complexos que as intervenções provisórias que se pretendia fazer. O Presidente da Câmara Municipal de Bocaiuva disse que os diretores do INCRA também alegaram que o órgão não tem recursos suficientes para bancar o projeto e por isso iniciou-se uma mobilização dos vereadores de Bocaiuva para conseguir recursos através de emendas parlamentares. A “queda de braços” entre populares e o diretores regionais do INCRA já dura vários anos. De um lado, o órgão insiste no esvaziamento da barragem como forma de segurança uma vez que a mesma, segundo o próprio INCRA, corre o risco de se romper. Do outro lado, moradores insistem na recuperação da infraestrutura do reservatório, pois consideram inaceitável o desperdício de um volume tão grande de água em uma das regiões mais secas do país.
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