Se comprovadas as denúncias feitas pelo Vereador “Odair Cantor” relacionadas ao uso particular de veículos públicos por parte de servidores da prefeitura, chegaremos a fácil conclusão de que a cultura dos privilégios continua viva dentro dos repartimentos públicos de Bocaiuva por parte de algumas pessoas que enxergam um cargo público, não como um trabalho, mas como uma zona de conformo para conseguir regalias e privilégios:
Por Ricardo Sena/Para o Site RSENA: Obs.: O texto abaixo refere-se a opinião do colunista a respeito de um fato.
RSENA 23/02/22 às 22h45.
Olá, leitores!! Já imaginaram chegar em um restaurante, pedir uma refeição, e o garçom comer o seu pedido?? Pois é!! O histórico da nossa querida Bocaiuva parece fazer com que essa ilustração, embora antiga, ainda continue atual. Vocês vão entender!! O Vereador “Odair Cantor” iniciou nas últimas semanas uma fiscalização em torno do suposto uso irregular dos veículos do munícipio por parte de servidores da Prefeitura. Em pouco tempo, o Vereador acusou o uso de ambulância para transportar uma servidora da sua casa ao trabalho; depois começou a investigar uma máquina do SAAE que estaria realizando serviços em um terreno particular; e, por último, expor a imprensa em áudio e vídeo um servidor que teria ido assistir a reunião da Câmara em uma motocicleta da saúde.
O Secretário de Saúde, Renato Teixeira, disse que ainda está apurando os fatos. Isso é muito bom; mas, se comprovada as irregularidades, seguiremos na rotina perceptível de saber que “ALGUNS” dos servidores públicos, principalmente os contratados, entendem que, ao invés de servir, eles devem ser servidos. É por isso que no início do texto perguntei se seria normal: “Chegar em um restaurante, pedir uma refeição, e o garçom comer o seu pedido”, afinal, quando alguém se utiliza de um veículo público para fins particulares, ele deixa de servir para ser servido, e isso não compete ao trabalho de um “SERVIDOR” municipal.
Vale lembrar que Bocaiuva não tem transporte público, e, é uma pena saber que, enquanto a população, principalmente idosos, sofrem com a falta do transporte, outros “privilegiados” da Prefeitura se sentem no direto de utilizar do veículo público, com combustível (caro) pago pelo contribuinte para realizarem suas demandas particulares.
Concordo… A grande maioria dos funcionários públicos são bons e têm discernimento dos seus direitos e obrigações (o próprios Prefeito Robertão não aceita seus familiares utilizarem de veículos do município, nem para carona); mas é preciso acabar com essa cultura de ALGUNS que, pelo fato de terem conseguido votos para um determinado candidato, se acham no direito de se utilizarem do patrimônio público para fins particulares. O nome já diz… “SERVIDOR PÚBLICO”, ou seja… Aquele que é pago para servir e não pra ser servido.