Diretores da Coopemap desconfiaram da ação de um funcionário e, ao acionarem a Polícia, descobriu-se que prática criminosa resultou em um desvio de mais de 600 mil Reais. Suspeito e comparsa chegaram a receber ordem de prisão, mas cada um pagou 20 mil Reais de fiança e estão em liberdade. Polícia Civil segue investigando o caso:
RSENA 09/03/22 às 23h30.
A Coopemapi (Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas), com sede em Bocaiuva MG, abriu auditoria interna para apurar magnitude de irregularidades que teriam sido cometidas por um funcionário da organização que é uma das maiores produtoras de mel do Brasil. A denúncia é sobre um possível furto de mel dentro da própria Cooperativa praticado por um funcionário da entidade que está sendo alvo de investigação por parte da Polícia Civil. As informações são do Assessor de comunicação da Coopemapi, Paulo Brandão. Ele diz que, por baixo, o valor calculado do desvio chega a mais de 600 mil Reais.
Diretores da cooperativa teriam desconfiado da queda de receita no órgão, ao mesmo tempo que estranharam a presença suspeita do funcionário, contratado para lançar o peso dos barris de mel, fora do expediente de trabalho. Ao notarem a ausência de grande quantidade de mel, os diretores acionaram a polícia.
A princípio, o funcionário teria dito que o produto que estava faltado poderia ter sido furtado, mas o Policial Civil não encontrou qualquer indício que o local de armazenamento tenha sido arrombado. Foi então que se teria descoberto o suposto esquema. Segundo Paulo Brandão, o funcionário, na verdade, retirava uma quantidade de mel de cada barril e com ajuda de um comparsa levava o mel subtraído para um outro local. Depois, o mesmo mel subtraído era vendido a própria Coopemap por um cooperado que, na verdade, não existia e foi criado pelo suspeito apenas para vender o produto e receber os valores.
Para não gerar desconfianças, o dinheiro ia para a conta de um laranja, dono de uma academia na cidade. Sabe-se que a quantidade de mel subtraída de cada barril era reposta com algum outro líquido. A Polícia Civil investiga qual poderia ser esse liquido e a suspeita, segundo o delegado Leonardo Diniz, é que o volume roubado possa ter sido compensado com garapa de cana de açúcar. O suspeito e o comparsa receberam voz de prisão em flagrante, mas cada um pagou fiança de 20 mil Reais e estão em liberdade. Segundo o Assessor de Comunicação, a Coopemapi tem como cooperados mais de 350 famílias envolvendo mais de mil pessoas que dependem da renda do produto para sobreviver. O grande temor da direção é que o órgão perca o selo de qualidade que possibilita a cooperativa vender o produto a nível nacional e internacional.
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