“CONSELHO FAZ ALERTA À POPULAÇÃO”: Em Bocaiuva, diretores do Conselho do Patrimônio Histórico de Bocaiuva, alertam para possíveis impactos negativos na obra da Eco Rodovias.

Obras só poderão ser realizadas nas dependências de Bocaiuva após autorização do Conselho do Patrimônio Histórico local. Conselho alega que empresa não visa o bem-estar dos populares e que tem dificultado o conhecimento do projeto. Eco fez notificação extrajudicial alegando atraso nas obras caso o conselho não conceda autorização:  

RSENA 28/03/22 às 00h25.

O Conselho do Patrimônio Histórico de Bocaiuva MG terá participação importante na reunião ordinária da Câmara Municipal desta segunda feira (28). Na oportunidade os diretores irão levar aos vereadores e aos populares a preocupação com as obras da Eco Rodovias na MG 135, no trecho que corta o perímetro urbano de Bocaiuva. Segundo os representantes do Conselho, a Eco só poderá realizar as modificações com a autorização do Conselho e que o órgão tem sido pressionado e até notificado extrajudicialmente pela ECO para que conceda a referida autorização.

O problema, segundo os conselheiros, é que no projeto original as obras no perímetro urbano, além de isolar ainda mais os bairros do lado Leste (Zumbi, Beija Flor 01 e 02, Tancredo Neves, Romeu Barcelos, Morada Nova, Jardim Imperial e Cachoeirinha), ainda prevê a construção de uma via elevada que impactaria negativamente o aspecto visual da cidade. Os conselheiros dizem que não são contra as obras, mas que as mesmas devem atender ao bem-estar dos moradores e não somente dos veículos ou daquilo que é mais viável à empresa.

Em reunião recente com representantes da Eco, os membros do Conselho do Patrimônio Histórico do Município disseram que as mudanças no local devem melhorar o acesso dos populares de um bairro ao outro e que a pista, ao invés de ser elevada, deve ser rebaixada para que, dentre outros, não comprometa a visualização de um do principais pontos turísticos de Bocaiuva; a estátua do Cristo Misericordiosos no alto Zumbi. Eles alegam que a Eco faz um discurso que na prática é muito duvidoso uma vez que a maquete apresentada é diferente daquilo que é conversado. Por esse motivo, os conselheiros pediram a Eco a cópia do projeto da obra, mas que a empresa vem resistindo em entregar o documento. O Conselho teria relatado que só assinaria qualquer autorização após ter acesso a cópia do projeto e a certeza de que os impactos das obras serão positivos ao cidadão que vive o dia a dia aqui na cidade.

Na notificação extrajudicial, enviado por um escritório advocatício situado em Miami (Cidade localizada na Florida, nos USA), contratado pela ECO, a empresa alerta os conselheiros quanto aos possíveis atrasos na obra pela demora do órgão para assinar a permissão. Através do Advogado Dr. Ricardo Andrade o Conselho também notificou a Eco alegando que, se por ventura, qualquer inconveniente venha acontecer, a responsabilidade será da própria empresa que até o momento não enviou ao conselho a solicitada cópia do projeto para a devida análise técnica.

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