Chefe da Polícia Militar de Bocaiuva falou sobre abordagem policial a moradores do Bairro Nossa Senhora Aparecida, na última sexta feira (15). Em vídeos que circulam nas redes sociais, internautas criticam o que consideram como ação truculenta por parte dos militares. Capitão da PM diz que, de acordo com a ocorrência, os policiais teriam sido desacatados e agiram dentro da legislação:
RSENA 18/04/22 às 13h46.
Gritos, correria e muita confusão marcaram o último final de semana no Bairro Nossa Senhora Aparecida, em Bocaiuva MG. O fato ocorreu durante ação policial na sexta feira (15), na Rua D, por volta das 19h. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os policiais imobilizando um homem e depois jogando uma senhora, supostamente parente do suspeito, ao chão. Após os vídeos serem divulgados nas redes sociais, os internautas passaram a criticar a ação dos policiais, principalmente aos procedimentos vistos como agressivos com relação a senhora. O Jornalista e colunista do Site RSENA, Paulo Brandão, procurou os moradores envolvidos na confusão, mas os mesmos disseram que iriam se manifestar através do Advogado Dr. Bruno. O Advogado foi procurado e ficou de enviar um posicionamento em nome dos familiares ainda nesta segunda feira (18). A reportagem do Site RSENA entrou em contato com o Capitão da Polícia Militar de Bocaiuva, Michael Stephan, que deu a versão dos fatos.
Segundo o Capitão, na última sexta feira (15), a Polícia Militar realizava um trabalho preventivo no Bairro Nossa Senhora Aparecida quando os policiais teriam sido surpreendidos com um cidadão que teria se dirigido aos mesmos com gestos obscenos e palavras de baixo calão. Os militares teriam descido da viatura e realizado a abordagem ao homem e a outras pessoas próximas. Segundo Stephan, para tentar acalmar os ânimos, os policiais teriam tentado dialogar com os evolvidos para que não agissem daquela forma, mas os desacatos continuaram. A partir daí, foi que os militares deram voz de prisão aos envolvidos e perante a resistência dos mesmos foi utilizado o “uso progressivo da força” sendo que, mesmo assim, outras pessoas próximas tentavam impedir que os envolvidos fossem conduzidos.
Segundo o Capitão, “…a polícia sempre deve agir dentro da legislação, embasada em valores profissionais buscando sempre a transparência e a segurança de todos, e, se alguém se sentir constrangido durante uma ação policial pode e deve procurar o quartel da Polícia Militar para levar sua versão a fim que seja instaurada um processo de apuração”. Contudo, o capitão também salientou que o cidadão deve ficar atento ao que se chama de “denunciação caluniosa” (atribuir crime a pessoa que sabe que é inocente), haja vista que, de acordo com o artigo 339 do código penal brasileiro, quem incorrer em tal prática pode receber pena de reclusão de dois a oito anos, além de multa.
Nota do Advogado da família:
Após o término desta reportagem, o Advogado, Dr. Bruno Gabriel, constituído pela família que se diz agredida pelos policiais, enviou nota a nossa reportagem. O texto diz que:
Sobre os fatos reportados e trazidos pelos veículos de imprensa, inicialmente esclarece que o Escritório Lopes Advocacia, em nome do seu sócio, Dr. Bruno Gabriel Lopes foi contratado, até o momento, para acompanhamento em Auto de Prisão Flagrante, ocorrido na noite do dia 15 de Abril de 2022.
Esclarece ainda, que os demais fatos, pra questionados pela imprensa, estão em análise para orientação das vítimas sobre as possíveis providências necessárias e cabíveis.
Atenciosamente
Bruno Gabriel Lopes
OAB/MG 189.629