Decisão de não mais pagar o adicional de insalubridade aos servidores municipais durante o período de férias foi tomada em parecer do Jurídico a pedido do RH da Prefeitura Municipal. No entanto, nem o Chefe do Jurídico, nem o Chefe do RH e nem mesmo o Chefe do Executivo (Prefeito) sabiam da mudança:
RSENA 02/06/22 às 15h10
O Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Bocaiuva MG (SINDIBOC), Filogônio Neto, disse ao Repórter Paulo Brandão que a decisão de não mais pagar a insalubridade dos servidores no período de férias foi monocrática e equivocada por parte de um dos advogados que integra o departamento jurídico da Prefeitura Municipal e que o Prefeito “Robertão” e o próprio Chefe do RH não foram informados da mudança. Filogônio Neto disse que o não pagamento do adicional é ilegal e surpreendeu a direção sindical que só tomou conhecimento dos fatos depois que funcionários em férias estranharam a ausência do valor nos contracheques. Ele observou que trabalhou 26 anos na Prefeitura em área insalubre e que nunca deixou de receber o adicional, mesmo quando estava de férias, inclusive prêmio, e que a diferença é considerável (R$500,00) e faz muita falta no bolso servidor.
Já o representante Jurídico do Sindicato, Dr. Áureo Júnior, disse que causou estranheza a forma pela qual tal decisão foi tomada. Segundo ele, como o Chefe do RH da Prefeitura disse não ter conhecimento da mudança e a assessoria jurídica diz que tomou tal decisão após ser provocada pelo setor, significa que alguém do RH, mesmo sem autorização superior, fez a solicitação e que agora resta saber quem, o porque e o que levou uma mudança que impacta financeiramente centenas de famílias ter sido tomada por apenas uma pessoa sem o conhecimento até mesmo do Prefeito.
Segundo o presidente do Sindicato, o adicional de insalubridade é pago ininterruptamente no município de Bocaiuva há pelo menos 30 anos e que o cancelamento do benefício, mesmo em período de férias, é ilegal tendo em vista que o percentual de férias é relativo aos 12 meses trabalhados. Ele tranquilizou os servidores dizendo que já está conversando com representantes do executivo que se disseram comprometidos a tentar reverter a situação e resgatar o modelo de pagamento tradicional.
Na tarde da última terça feira (31) a reportagem do Site RSENA entrou em contato com o Assessor Jurídico da Prefeitura Municipal, Dr. Henrique Tondineli, para esclarecer os fatos. Na quarta feira (01) Dr. Tondineli nos enviou mensagem dizendo que não poderia falar sobre o assunto, pois estava afastado de suas funções em consequência de uma licença, e, por isso não estava a par do assunto. A afirmação dá margem para o entendimento de que a mudança no pagamento da insalubridade foi tomada sem o conhecimento dos chefes departamentos envolvidos, neste caso, RH, Jurídico e Executivo (Prefeito).
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