Posições distintas entre presidente e membro do Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural demonstram que obras na Br135, em território bocaiuvense, estão muito além que uma simples disputa entre órgão de proteção e empresa de pedágio:
Por Ricardo Sena/para o Site RSENA: Obs.: O texto abaixo refere-se a opinião do colunista a respeito de um fato.
RSENA 23/03/23 às 18h09
Olá, amigos leitores!! Não bastasse a queda de braços com a Eco Rodovias, o Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural de Bocaiuva enfrenta uma “queda de braços” dentro do próprio conselho. O Presidente, Túlio Botelho, enviou a nossa reportagem uma nota de repúdio a entrevista concedida pelo Advogado e membro do conselho, Dr. Ricardo Andrade, ao programa Frente a Frente na emissora de rádio, Clube FM, do último sábado (18). Para Túlio, embora Ricardo seja membro do conselho, o mesmo não tinha autorização para falar pelo órgão.
Sabendo da nota de repúdio condenando sua entrevista, o Advogado Ricardo Andrade também enviou a nossa reportagem uma nota esclarecendo afirmando que esteve no programa como convidado e não falou pelo conselho, mas sim como cidadão que, segundo ele, como qualquer outro, tem direito de se manifestar e dar suas opiniões sobre qualquer tema que seja de interesse público. O advogado ainda disse na nota que ninguém irá cercear sua liberdade de expressão.
Vale lembrar que na questão relacionada às obras da Eco Rodovias na BR 135 no município de Bocaiuva, Túlio Botelho e Ricmardo Andrade tem posições diferentes. Botelho é a favor do início das obras alegando que as mesmas não irão agredir os patrimônios históricos de Bocaiuva, enquanto que Andrade entende que o projeto deve ser reformulado, pois da forma que está irá impactar negativamente pontos que contam um pouco da história de Bocaiuva como a Cachoeira, o Sumidouro e o Morro das Três Árvores.
Diante de todo este impasse o que se espera é que se chegue a um entendimento para que a obra atenda de forma satisfatória a todos os lados. É compreensível a o anseio de quem quer ver as coisas acontecendo o quanto antes, mas também é um dever daqueles que foram escolhidos para proteger o patrimônio histórico e cultural da cidade em cumprir com suas obrigações.