Nesta última Terça Feira 06/12/16, a reportagem do RSena conversou com o Presidente da Câmara (Gilmar Cardoso) que tentou justificar os fatos.
O nome do Vereador e Presidente da Câmara Municipal de Bocaiuva, Gilmar Cardoso (Gilmar de Machados) está envolvido em uma grande polêmica. Na última Sexta Feira uma ex-funcionária da Câmara Municipal procurou a Polícia Civil para denunciar um suposto esquema conhecido como “metadinha”onde um funcionário é contratado com a condição de ter que dividir os seus salários com aquele que o indicou. A funcionária teria relatado a Polícia de que foi contratada para trabalhar na Câmara Municipal assim que Gilmar assumiu a presidência no meio do ano (2016) e que todos os meses o presidente a obrigava a repassá-lo a metade do seu salário e que também teria que dividir com o Presidente o seu décimo terceiro salário e acertos de final de ano. Gilmar também teria determinado que fossem lançadas três diárias de viagens a Brasília em nome da funcionária no valor total de 2.400 reais sem ela ter feito a viagem com o propósito da moça repassar a ele os valores recebidos. A funcionária disse a Polícia que se recusou a participar do esquema e com a negativa foi demitida do quadro de funcionários da Câmara Municipal de Bocaiuva.
Após veiculação da matéria pelo site Rsena, a denúncia ganhou grande repercussão. Nesta última Terça Feira, a reportagem do site conversou com o Presidente da Câmara (Gilmar Cardoso) que tentou justificar os fatos. Segundo o Presidente em momento algum o mesmo se utilizou de recursos salariais da ex-funcionária e que todas as documentações da Câmara comprovam que o mesmo também não se utilizou de diárias de forma irregular. Gilmar disse que os documentos irão apontar que existem varias contradições no depoimento da moça e que todos os papéis, contratos e licitações da Câmara estão a disposição da polícia e também da justiça. Gilmar também relatou que assim que ficou sabendo da denúncia se apresentou a polícia espontaneamente, porém, segundo ele, o delegado Dr. Leonardo Diniz dispensou o seu depoimento naquele momento para ser prestado em data posterior ainda não definida.
Perguntado qual seria a razão das acusações feitas pela ex-funcionária, Gilmar disse que tudo se trata de uma vingança por parte da moça. O mesmo relatou que a então funcionária tinha problemas de relacionamento com os colegas de trabalho e que o clima dentro da casa legislativa, segundo ele, estava muito ruim com a presença dela. Gilmar disse que por isso mandou a funcionária embora e que a mesma irritada resolveu se vingar atribuindo ao mesmo acusações a que ele considera infundadas. O presidente tentou minimizar o fato dizendo que a ex-funcionaria se precipitou, mas que sua inocência será provada na justiça.