Ricardo Sena O portal de notícias do norte de minas
Em sua coluna de hoje no Site RSENA, o Jornalista Willian Macedo faz uma analise do comportamento dos mandatários políticos de Bocaiuva MG. Segundo ele, em boa parte, cidadãos comuns que diziam lutar contra a opressão, mas que, após conhecerem o poder, se transformaram em verdadeiros opressores:
Por Willian Macedo/Para o Site RSENA: Obs.: O título da matéria, bem como a introdução da mesma e suas ilustrações são de autoria do Site RSENA. O texto abaixo, sim, é de autoria do jornalista Willian Macedo.
RSENA 04/04/22 às 13h50.
Uma pergunta feita a mim pelo radialista e repórter Ricardo Sena, motivou-me ao comentário de hoje: “Qual a mentira você gostaria que fosse verdade?”, fazendo alusão ao 1° de abril, popularmente conhecido como o “dia da mentira”. A minha resposta foi que, a mentira que eu queria como verdade seria o fim da opressão política em Bocaiuva. Evidentemente, seria a resposta para quaisquer lugares. Ao ouvir essa pergunta, lembrei-me de alguns escravos que, conseguiam a alforria e, ao invés de lutar para libertar os outros, os compravam e continuavam a escraviza-los; sonhavam em ser os opressores.
Na política ocorre algo semelhante, porém, mais nocivo. Aqueles não tinham direitos, não tinham voz, não tinham voto, eram forçosamente subjugados. Hoje, no sistema democrático adotado no Brasil, o povo tem direitos, tem voz, tem voto, banca, através de impostos, muito altos por sinal, os gordos salários dos seus representantes, é o patrão. O fenômeno ocorre aí, o patrão contrata os serviços do empregado, por uma temporada, podendo prorrogar-se por outras, e, o seu funcionário passa a oprimi-lo. Interessante é que, na maioria das vezes, os déspotas são os mesmos que elegem-se prometendo acabar com a tirania.
Na cadeira por, pelo menos quatro anos, esquecem-se do maior objetivo de suas eleições, servir. As cadeiras transformam-se em “tronos”, ocupados por pseudos-reis e príncipes. Os prédios de onde governam, tornam-se Palácios Reais.
Os “caçadores de tiranos”, agora, eleitos, devidamente empossados, são intocáveis. A sua “nova política”, propõe nada do que já não existia.
A opressão, a retaliação, a perseguição e a exclusão daqueles que, apenas apresentam o contraditório ou pior, ainda que não seja contrário, simplesmente não esperou a ordem do “rei” para falarem, são recorrentes. Para piorar ainda mais, esses ditadores travestidos de democratas, nomeiam aos cargos de confiança, aqueles que reproduzirão seus gestos, suas falas e, infelizmente, seu caráter opressivo. É perturbador ver pessoas inteligentes, preparadas, com boas formações acadêmicas, renunciando ao seu aprendizado, sua índole e, no caso de alguns, a sua origem simples, para, possuídos pela “entidade” do seu novo “dono”, fazerem-se prepotentes, arrogantes, dominadores, humilhando aquele, a quem deveriam prestar cuidados. É triste ouvirmos de quem ocupa um posto de comando, expressões como: ” você não significa nada, você é descartável”, “eu investi na campanha”, totalmente despreparados, incompetentes.
Felizmente, há aqueles que não “topam tudo por dinheiro”, que valorizam os seus berços, que pensam nos seus entes queridos, pais, filhos, irmãos, quando estão tratando com os dos outros. Claro que não durarão muito tempo em um ambiente onde são obrigados a serem outras pessoas, não eles próprios.
Vale lembrar que, embora, sem qualquer condição, muitos oprimidos, sacudiram o jugo e buscaram suas liberdades.
Quero encerrar citando um escritor italiano do século XIX, chamado Carlo Bini: “A política é o governo da opinião”.
É ISSO AÍ!
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